
Funcionários da Saritur, uma das empresas responsáveis pelo transporte de ônibus na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fazem nesta terça-feira (1°), o terceiro dia de paralisação em uma das garagens, em Ribeirão das Neves.
De acordo com a Polícia Militar (PM), cerca de 50 trabalhadores estão na porta da empresa que fica no bairro Veneza. Os manifestantes reclamam que o 13º salário vai ser parcelado, relatam demissão de motoristas e dizem que quem ficou tá com carga excessiva de trabalho, além da situação precária dos ônibus.
As linhas da Saritur atendem passageiros de Esmeraldas, Ribeirão das Neves e Contagem. Segundo a PM, o ato é pacífico.
Os ônibus, que atendem a 15 linhas em Ribeirão das Neves e Esmeraldas, estão parados dentro da garagem. Em Neves, os moradores dos bairros Veneza, Santinho e Florença são prejudicados.
Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), a pandemia continuou sendo a justificativa dada pela empresa no fim de semana e informou que ao longo do ano os prejuízos no setor chegaram a R$ 100 milhões.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) disse em nota que a manifestação dos funcionários trata-se de questão trabalhista, devendo a apuração ser feita com o Sindicato das Empresas e que o consórcio deve garantir a operação e manutenção dos serviços para atendimento ao usuário.
O Sintram informou que a empresa consorciada depositou, nesta segunda-feira (30), 50% do valor total do 13º salário dos seus colaboradores. A negociação do pagamento do 13º , de salários e benefícios é feita junto ao sindicato, conforme determina a lei.
“A paralisação de motoristas que ocorre nos últimos dias é ilegal, conduzida por pessoas que não tem representatividade junto ao sindicato da categoria. Para compensar a ausência dos motoristas que aderiram ao protesto, a empresa consorciada abriu 300 vagas de contratação para a função com início imediato”, disse em nota.