
O influenciador digital Rodrigo Fiúza, de 48 anos, é um dos presos por suspeita de envolvimento em exploração sexual de adolescentes em Belo Horizonte. O nome dele foi divulgado nesta sexta-feira (11), e o caso está a cargo da Polícia Civil.
Com mais de 90 mil seguidores no Instagram, Fiúza é um dos investigados da operação Angel, que prendeu outras três pessoas envolvidas no esquema de exploração e aliciamento de vítimas.Todas as prisões foram em novembro.
À época das prisões, a Polícia informou que o grupo era formado por blogueiros e empresários, e foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos com pornografia infantojuvenil.
“Os policiais da Depca apreenderam muito material pornográfico, agendas e aparelhos telefônicos, que serão periciados e podem comprovar o envolvimento dos investigados em crimes de exploração sexual, aliciamento, favorecimento à prostituição, estupro de vulnerável, armazenamento e compartilhamento de imagens pornográficas envolvendo crianças e adolescente, além de outros previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente”, explicou a delegada Elenice Cristine Batista Ferreira, em coletiva no dia 18 de novembro deste ano.
Ainda nesta sexta, a Polícia Civil deve fazer um pronunciamento deste caso. A reportagem de O TEMPO ainda não conseguiu localizar a defesa do influenciador.
Candidato ao cargo de vereador
Nas eleições municipais deste ano, Rodrigo foi candidato a vereador em Belo Horizonte pelo PSB. Ele teve 62 votos e não foi eleito. Por meio de nota, o partido se posicionou em relação ao caso.
Veja o comunicado na íntegra:
“A direção do PSB de Minas Gerais informa que a filiação de Rodrigo Fiúza está automaticamente suspensa diante das graves denúncias apresentadas contra ele. O Partido Socialista Brasileiro tem mais de 70 anos de história em defesa da vida. Não compactuamos com qualquer tipo de crime. A expulsão definitiva de Rodrigo Fiúza do partido será tratada durante encontro da direção estadual na próxima segunda-feira, dia 14”.
Festa com jovens
No dia 12 de julho deste ano, a Polícia Militar e a Guarda Municipal de Belo Horizonte foram acionados devido à aglomeração em uma casa que tem o nome de Fiúza em uma placa na rua Xangrilá, no bairro Braúnas, na região da Pampulha.
Conforme o registro policial, o imóvel já era conhecido por promover eventos clandestinos. No dia, em meio à pandemia do Coronavírus, 30 carros e motos estavam no local. Cerca de 200 jovens, com idades entre 15 e 25 anos, participavam da festa.
Na ocorrência consta que Rodrigo, o proprietário da residência, conseguiu evadir sem ser notificado formalmente.