
O irmão da jovem de 22 anos que foi encontrada morta em uma estrada de terra no bairro Padre Augusto Sani em Jaú (SP) diz que a família está abalada com violência que ela sofreu.
Bruna Vines saiu de Bandeirantes (PR) para morar com a irmã mais velha na cidade do interior de São Paulo há 15 dias. Segundo a polícia, ela estava trabalhando como garota de programa e na última terça-feira (4) o corpo dela foi encontrado por um casal que passava pelo local e acionou a polícia.
Ela estava com a alça da bolsa enrolada no pescoço, o que causou a morte por asfixia, as mãos amarradas com uma calcinha e sem parte das roupas. A polícia acredita que ela tenha sofrido violência sexual também, mas só o laudo do IML vai comprovar isso.
“Foi muita covardia, ela só tinha 22 anos e uma vida inteira pela frente. Era minha irmã caçula e ainda estamos tentando entender o porquê de tanta violência. Ela não merecia isso”, desabafa Natan Elias Ribeiro.
Natan conta ainda que a irmã decidiu sair de Bandeirantes e ir morar com a irmã mais velha e levou as duas filhas, de 6 e 2 anos. “As meninas estavam com ela e voltaram na quarta-feira com pai que foi reconhecer o corpo. Só contamos que a mãe morreu no dia seguinte, elas chegaram muito tarde e tinham que descansar.”

O ex-marido de Bruna foi ouvido pela polícia e confirmou que ela tinha saído de casa há 15 dias para morar com a irmã mais velha. Eles moraram juntos por 9 anos e tinham oficializado o casamento em uma cerimônia em maio desse ano.
Após ser liberado do IML de Jaú, o corpo de Bruna foi encaminhado para Bandeirantes e enterro foi realizado nesta quinta-feira (6).
“Ela quis embora e morar com a nossa irmã mais velha. Desde então eu não tinha conseguido mais falar com ela. Infelizmente agora a gente só espera que a pessoa que fez isso com ela seja encontrada e pague pelo o que fez”, finaliza Natan.

Investigação do crime
O caso é investigado como homicídio qualificado e suspeita de estupro pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú.
Logo após o corpo da jovem ter sido encontrado, a polícia foi acionada para atender outra ocorrência na mesma região. Um homem de 44 anos foi preso em flagrante ao se masturbar perto de uma criança de 10 anos.
Para a polícia, ele é também é suspeito da morte de Bruna. O homem, porém, passou por audiência de custódia e foi liberado pela Justiça. O delegado Marcelo Góes, titular da DIG, sustenta que existe uma série de indícios da participação do suspeito no crime contra a mulher.
“Alguns elementos nos levam a crer que ele é suspeito, como a semelhança dos carros que ele usava, o comportamento dele. Ele confessou o ato libidinoso, mas nega o homicídio”, explica o delegado, que também investiga também outros suspeitos.
No entanto, as investigações do homicídio continuam e por esse crime, ninguém foi preso.
