A mulher e a criança baleados em Varginha (MG) estão se recuperando bem, segundo afirmam os médicos. Principal suspeito do crime, o ex-companheiro da vítima também teria atirado em si em seguida e deve deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Bom Pastor em breve.
O crime aconteceu em 2 de dezembro, mas as vítimas só foram encontradas no dia seguinte, quando colegas de trabalho de Maria Rita Barbosa, de 27 anos, estranharam o fato dela não aparecer para trabalhar e chamaram a polícia. Além da mulher, o filho de 5 anos também foi baleado.
De acordo com o neurologista Italo Venturelli, a bala ficou alojada na cabeça de Maria Rita, e não deve ser retirada. Apesar disso, ela se recupera bem.
“A moça está bem melhor. Ela está ainda com traqueostomia, mas tem pouca secreção e está entendendo tudo, movimentando os membros e tudo. Provavelmente hoje ou amanhã ela já deve ter alta da CTI”, afirma.

Inicialmente, ela havia sido internada no Hospital Bom Pastor, mas acabou sendo transferida para o Hospital Regional, devido à gravidade dos ferimentos. O suspeito do crime, que teria atirado em si mesmo, segue internado na UTI do Hospital Bom Pastor, mas deve ser levado para o quarto ainda esta semana.
Criança já consegue falar
A criança de 4 anos, que também foi baleada, se recuperou bem do trauma e já está consciente e conseguindo falar, de acordo com as informações do neurologista. Inicialmente internado em Varginha, ele foi transferido às pressas para o Hospital Alzira Velano, em Alfenas (MG), onde passou por cirurgia.
De acordo com o médico, ele continua no hospital, mas já pergunta sobre a mãe. “A criança está bem melhor. Ela foi operada lá em Alfenas e teve uma evolução muito boa, já faz perguntas, já quer saber como estão as situações. A gente está conversando mais genericamente, mas ele está muito melhor”, diz.
Investigações
O crime está sendo investigado pela Delegacia da Mulher de Varginha e o caso corre em segredo de justiça. Segundo a delegada responsável pelo caso, Geny Rodrigues Azevedo, o inquérito tem um prazo de 30 dias para ser concluído.
Até o momento, cinco testemunhas foram ouvidas, entre elas parentes do suspeito e colegas de trabalho da vítima. A principal suspeita é de que o crime tenha sido motivado porque o homem não aceitava o fim do relacionamento com a vítima.
As investigações apontaram que ele era violento e já havia agredido uma ex-mulher. Parentes ainda teriam alegado que dias antes o comportamento do suspeito havia mudado e ele tinha dado indícios de que poderia cometer o crime.
