Policiais civis fazem uma mobilização nesta segunda-feira (10), na porta do Detran Gameleira, já região Oeste de Belo Horizonte. Os serviços no local foram interrompidos e a categoria afirma que pode parar delegacias no decorrer do dia.
A categoria protesta contra a redução da primeira parcela do pagamento, que foi para R$ 2 mil, além da falta de informação em relação ao 13º salário.
“O policial civil tem família, não tem como passar o Natal com R$ 2 mil. O 13 também é o nosso direito. Começamos a parar aqui no Detran, mas no decorrer do dia pretendemos parar as delegacias”, explicou Aline Rizi dos Santos, diretora da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis e diretora do Sindicato dos Escrivães.
No Detran da Gameleira, onde são realizados serviços de emplacamento, vistorias e documentação, policiais colocaram pneus e cones na entrada.
Nesse domingo (9), o governo de Minas informou à reportagem de O Tempo que não há previsão para o pagamento do 13º e que uma reunião com os servidores está pré-agendada para sexta-feira (14). No entanto, representantes dos policiais desconhecem a informação.
“Ninguém nos procurou. Vamos continuar com a mobilização. Quem precisa dos serviços do Detran Gameleira, por exemplo, pode ficar em casa”, afirmou Aline.
A reportagem aguarda um posicionamento da assessoria de imprensa da Polícia Civil. Novamente, a assessoria do governo do Estado foi procurada, mas as ligações ainda não foram atendidas.
Surpresa
Quem esteve no Detran nesta manhã para algum serviço se surpreendeu com a mobilização dos serviços e suspensão do atendimento.
“Meu carro foi furtado e saí de Ravena para regularizar a situação. Paguei R$ 200 do reboque e agora vou ter que gastar mais, mas acho que os policiais estão no direito de manifestar”, o mecânico Leonaldo Antônio Silva, de 51 anos.
No Detran Gameleira, segundo representantes dos policiais, 500 vistorias veiculares são realizadas e 800 documentos são emitidos por hora.