
Uma mãe pagou cerca de US$ 2.500 – ou R$ 13 mil, em conversão direta – para que uma “comunicadora espirital” exorcizasse a filha dela, pouco antes de ser morta com mais de 100 facadas, esquartejada e decapitada por ela, em 21 de julho 2019, na Austrália. A informação veio à tona nesta terça-feira (1), com o andamento do julgamento do crime.
A vítima foi identificada como Rita Camilleri de 57 anos e, a filha, como Jessica Camilleri, de 27. Relatos sobre o exorcismo ocorreram por parte de uma das amigas da suspeita e de uma irmã dela. Durante o julgamento, Jessica se declarou inocente e alegou à Justiça australiana que tem “transtornos mentais.
“Ela [Rita] pagou US$ 2.500, mas nunca recebeu nenhum serviço. Acredito que ela estava desesperada por algo para ajudar”, contaram as testemunhas. Foi revelado, também, que Jessica, era aficionada com filmes de terror.
Conforme o promotor Tony McCarthy, responsável pelo caso, a cabeça de Rita foi encontrada em uma trilha próximo à casa onde ela vivia com as filhas. Diversas partes do corpo da mulher foram achadas no trajeto, e dentro da residência.
À época, Jessica confessou o crime, segundo informado pela imprensa local. “Continuei esfaqueando, esfaqueando e esfaqueando, arrancando sua cabeça”, disse ela em depoimento. A suspeita foi encontrada coberta por sangue fronte à casa, com uma garrafa de água nas mãos.
Em um primeiro momento, porém, ela disse que agiu em “legítima defesa” e alegou que Rita tentara esfaqueá-la primeiro. O advogado de defesa da suspeita pediu ao júri que “deixe as emoções de lado” durante o julgamento, que deve ocorrer ainda nesta semana. “Devido aos efeitos de suas condições mentais, ela tinha uma capacidade prejudicada no momento dos eventos”, clamou.
A irmã de Jessica confirmou à Justiça que ela havia sido diagnosticada com distúrbios mentais – como dislexia e Transtorno de Déficit de Atenção.