O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou, nesta segunda-feira (9/5), que o ingresso da Ucrânia na União Europeia irá demorar e pode lavar “décadas”.
Em discurso ao Parlamento Europeu, Macron elogiou o país.
“A Ucrânia pela sua luta e coragem já é um membro sincero da nossa Europa, da nossa família, da nossa união”, declarou.

3 Cards_Galeria_de_Fotos
A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images

***foto-estatua-lenin-união-soviética-russia
A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images

***desenho-mapa-russia-eurasia-conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images

***foto-bandeira-ucrania-em-monumento
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images

***foto-presidente-russo-vladimir-putin-discursa-bandeira-china
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles

***kremlin-governo-russo-praça-vermelha-moscou-russia-a-noite
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
Poca/Getty Images

***foto-bandeira-russia-ceu-brilhando
A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images

***céu-aviões-militares-nevoa-rastro
Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação

***foto-presidente-russo-vladimir-putin-de-frente-fala
Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP

***foto-kremlin-governo-russo-praça-vermelha-moscou-russia-pessoas
Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images

***foto-azulado-praça-vermelha-neve-soldado-kremlin-governo-russo-moscou
Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images

***russia-ucrania-conflito
O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images

***russia-ucrania-conflito
Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
0
Ele completou: “Todos sabemos perfeitamente que o processo para permitir a sua adesão levaria vários anos, provavelmente várias décadas.”
Macron sugeriu a criação de uma “comunidade europeia paralela” para países que aspiravam ingressar no bloco.
Esta “comunidade política europeia” estaria aberta a nações europeias democráticas que aderissem aos “valores centrais europeus” em áreas como cooperação política, segurança, cooperação em energia, transporte, investimento em infraestrutura ou circulação de pessoas, explicou o líder francês.
“A adesão não prejudicaria necessariamente a futura adesão à União Europeia. Tampouco estaria fechado para aqueles que o deixaram”, concluiu.
Antes da declaração de Macron, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o principal órgão do bloco apresentará o parecer sobre a candidatura da Ucrânia em junho.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.
O post Macron diz que entrada da Ucrânia na União Europeia pode levar décadas apareceu primeiro em Metrópoles.