Com veto a foto e sala fechada, Suzane muda rotina de faculdade em SP

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São Paulo – A presença de Suzane von Richthofen no dia a dia de uma faculdade particular de Itapetininga, no interior de São Paulo, alterou a rotina de alunos e professores da instituição.

Segundo apurou o Metrópoles, Suzane ingressou no terceiro semestre do curso de Biomedicina na UniFSP, Centro Universitário Sudoeste Paulista, no início da última semana, após autorização judicial. Ela pediu transferência de outro curso que vinha fazendo desde 2021 em Taubaté.

A decisão de transferir de curso se deu após ela se mudar para a cidade de Angatuba, também no interior paulista, a cerca de 50 km de Itapetininga.

Suzane se mudou para a cidade de 25 mil habitantes dias depois de ter sido beneficiada com a progressão de pena para o regime aberto, em janeiro deste ano.


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Antes da chegada da aluna “ilustre”, o diretor da faculdade e o coordenador do curso de Biomedicina comunicaram a notícia aos professores e aos alunos. A notícia foi dada de sala em sala. O aviso era para que todos respeitasssem Suzane, enfatizando que ela tem cumprido a pena determinada pela Justiça e que tem o direito de estudar.

Houve ainda um pedido para que os alunos evitem tirar fotos da egressa da penitenciária de Tremembé. Apesar disso, nessa sexta-feira (17/3), circularam fotos pelas redes sociais de Suzane nas dependências da faculdade.

Outra mudança de hábito ocorrida com a chegada de Suzane é o fato de a porta da sala onde ela frequenta ter de ficar fechada durante todo o período da aula, para evitar que curiosos fiquem passando em frente para avistá-la e tirar fotos.

Além disso, segundo um relato, a chamada tem sido feita sempre ao final da aula, às 22h em ponto, como uma forma de a sentenciada provar à Justiça que tem frequentado as aulas.

De acordo com esse mesmo relato, Suzane tem se mostrado amigável e buscado interagir e fazer amizades na faculdade.

Ao Metrôpoles, a Secretaria de Administração Penitenciária informou que, por estar sob o benefício do regime aberto, Suzane não está mais sob a custódia da pasta.

Já o Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o caso está sob segredo de justiça e, por isso, não pode fornecer informações sobre Suzane.

A UniFSP e a defesa de Suzane von Richthofen também foram procuradas pela reportagem, mas não se manifestaram.

Caso von Richthofen

Suzane foi condenada pelo assassinato dos pais, inicialmente, a 39 anos de prisão em regime fechado. Desde 2015, ela cumpria pena em regime semiaberto em Tremembé, no interior de São Paulo.

Ao longo dos anos, ela foi conseguindo diminuir a pena, que hoje está em 34 anos e quatro meses, com término previsto em 25 de fevereiro de 2038. Ela já cumpriu mais de 20 anos de cadeia.

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