Lukashenko diz que Belarus pode “ensinar a proteger direitos humanos”

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Em discurso realizado nesta sexta-feira (31/3), Alexander Lukashenko se ofereceu para, ao lado de Rússia e China, ensinar países do Ocidente a proteger os direitos humanos.

“É hora de nós, de Belarus, Rússia e China, escrevermos um conceito para proteger os direitos dos americanos e europeus comuns, ou fazer recomendações aos Estados Unidos e à União Europeia sobre como garantir a segurança e os direitos de seus cidadãos”, disse o líder de Belarus, conhecido como o último ditador da Europa. “Poderíamos compartilhar a nossa experiência”, sugeriu.

A fala de Lukashenko, o principal aliado de Putin na Europa, acontece poucos dias após o Conselho de Direitos Humanos da ONU receber denúncias de violações em Belarus.

A vice-alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Nada Al-Nashif, afirmou que sistemáticas práticas de tortura e maus-tratos contra opositores foram documentadas. O Gabinete da Alta Comissária para os Direitos Humanos ainda afirmou que as violações em Belarus podiam constituir crimes contra a humanidade.

O discurso de Lukashenko ainda contradiz o histórico recente do país, que condenou o ativista dos direitos humanos Ales Bialiatski, vencedor do Nobel da Paz em 2022, a 10 anos de prisão.

Julgado dentro de uma jaula sob a acusação de financiar protestos contra o regime de Lukashenko, Bialiatski foi condenado a 10 anos de prisão por atentado contra a ordem pública.

 

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