O capitão-de-mar-e-guerra reformado Vilmar José Fortuna (foto em destaque), que participou dos atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília, foi alvo de busca e apreensão, no Distrito Federal, no âmbito da 8ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (17/3).
O militar foi exonerado do cargo que ocupava no Ministério da Defesa após participar dos atos na Esplanada dos Ministérios. Ele trabalhava como assessor da pasta desde 2013, segundo o perfil do investigado no LinkedIn.
O capitão-de-mar-e-guerra estava designado a uma “tarefa por tempo certo”, modalidade definida pelas Forças Armadas para contratar servidores da reserva ou reformados como auxiliares no Poder Executivo. No entanto, trata-se de função diferente de cargos comissionados comuns, também usados por militares.
Nesse tipo de cargo, a lotação é no Ministério da Defesa, mas cabe à Marinha a eventual dispensa da função, como ocorreu com Vilmar José. Como militar reformado lotado no órgão, ele recebeu salário de R$ 35 mil por mês, no ano passado, segundo o Portal da Transparência.
Outros alvos
A coluna Na Mira apurou que um dos alvos de mandado de prisão da oitava fase da operação é a suspeita de pichar a estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), com a frase “perdeu, mané”.
A frase faz referência à resposta que o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, deu a bolsonaristas após ser hostilizado em um aeroporto. A presa foi identificada como Debora Rodrigues dos Santos.
Outro investigado preso é Nelson Ribeiro Fonseca Junior, suspeito de levar, da Câmara dos Deputados, a bola assinada pelo jogador Neymar. Ambos foram presos.
As equipes cumprem 46 mandados de busca e apreensão e 32 de prisão preventiva no Distrito Federal e nos seguintes estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo.
A oitava fase da Operação Lesa Pátria visa identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.
Na ocasião, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos Três Poderes, causando caos generalizado na Esplanada dos Ministérios.

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Ação da polícia durante protesto em 8 de janeiro
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Manifestantes depredaram prédios públicos na esperança de um golpe
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Os participantes dos atos golpistas são suspeitos de cometer os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Onde são cumpridos os mandados
- Bahia: dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão;
- Distrito Federal: dois mandados de busca e apreensão;
- Espírito Santo: um mandado de busca e apreensão e um de prisão;
- Goiás: dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão;
- Maranhão: um mandado de busca e apreensão e um de prisão;
- Minas Gerais: nove mandados de busca e apreensão e oito de prisão;
- Paraná: dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão;
- Rondônia: 11 mandados de busca e apreensão;
- Rio Grande do Sul: três mandados de busca e apreensão e três de prisão;
- São Paulo: 13 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão.
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