
Está presa no Presídio Floramar, em Divinópolis, a biomédica Lorena Marcondes, responsável pela clínica onde Íris Dorotea Nascimento Martins, de 46 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória durante uma lipoaspiração. Íris chegou a ser socorrida em estado grave e encaminhada ao hospital, mas não resistiu e morreu na noite de segunda-feira (8).
A enfermeira que auxiliou no procedimento estético, Ariele Cristina de Almeida Cardoso, também foi presa e levada para a unidade prisional. Ambas tiveram a prisão em flagrante confirmadas pela Justiça.
Além de biomédica, Lorena se apresenta em seu site como pós-graduada em estética avançada, especialista em harmonização e especialista master em harmonização masculina.
Nas redes sociais da clínica, ela divulgava os benefícios da lipo a laser sem cortes, afirmando que era um protocolo exclusivo desenvolvido por ela com resultado igual à cirurgia, mas sem intervenção, com praticidade e segurança.
A clínica, que fica na Rua São Paulo, no Centro, foi interditada. A Vigilância Sanitária informou que o estabelecimento estava realizando procedimentos invasivos não declarados ao setor municipal.
“Ela é uma biomédica e pode realizar em seu estabelecimento procedimentos minimamente invasivos. Tudo indica que não foi o que aconteceu”, disse a diretora de Vigilância em Saúde, Érika Camargos.
Em nota, a assessoria jurídica da profissional informou que “nenhum erro ou má prática profissional ocorreu e que reações adversas ocorrem em qualquer intervenção no ser humano, tanto estéticas, quanto terapêuticas. A ocorrência de uma reação adversa e eventuais efeitos desagradáveis não tem vinculação necessária com um equívoco técnico ou inabilidade profissional, pelo contrário”.