Defesa de Bolsonaro diz que gastos da família revelados são “pífios”

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Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) explicaram, em entrevista nesta segunda-feira (15/5), gastos revelados pela imprensa no último fim de semana. Os valores, de acordo com a defesa, são “pífios” e dizem respeito ao dia a dia da família do ex-presidente.

De acordo com Fabio Wajngarten, advogado e ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) no governo Bolsonaro, o ex-presidente nunca utilizou seu cartão corporativo. As despesas de cunho pessoal, realizadas com pequenos prestadores de serviços, eram controladas pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que sacava os valores de um terminal de caixa localizado no Palácio do Planalto.

As suspeitas de “rachadinha” e irregularidades com recursos do Planalto envolvendo o coronel Cid e Michelle Bolsonaro foram reveladas ainda no início deste ano, na reportagem Segredos do Alvorada, assinada pelos jornalistas Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, do Metrópoles.

“Não há confusão de saques, não há cruzamento de saques”, argumentou Fabio Wajngarten, advogado e ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) no governo Bolsonaro.

Wajngarten afirmou que a forma de pagamento utilizada por Mauro Cid “perdurou durante todo o governo”, uma vez que havia uma “contínua preocupação com fraudes e gastos escusos na conta do presidente”.

A defesa também afirmou que Bolsonaro criou uma conta poupança nos Estados Unidos, em dezembro de 2022, com cerca de US$ 135 mil. A conta nunca teria sido movimentada e foi aberta, de acordo com o advogado Marcelo Bessa, pois o ex-presidente “acredita que o atual governo não vai conduzir bem a economia” e preferiu retirar este dinheiro do país.

Dinheiro

Documentos da investigação da Polícia Federal (PF) mostraram mensagens de Cid com orientações para que gastos de Michelle Bolsonaro e da família fossem pagos em dinheiro vivo.

Em relatório anexado a inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF defende que “é possível identificar indícios do ‘uso do suprimento de maneira ilegal com saques em espécie dos recursos e depósitos em espécie, de maneira fracionada, fato que dificulta a identificação dos responsáveis pelas transferências’, não havendo evidência de que as pessoas beneficiárias dos pagamentos possuem relação com a Presidência da República que justifique tais recebimentos de recursos possivelmente públicos”.

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