O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (26/5) que as medidas de estímulo ao setor automotivo estudadas pelo governo terão custo menor do que R$ 8 bilhões. Esse montante tem sido estimado por economistas no mercado financeiro após o anúncio do Planalto nesta semana.
Haddad rejeitou esse cálculo e disse que o programa para tentar baratear carros será “temporário”.
“Nem passa perto disso, não teríamos nem condições de acomodar. Estamos discutindo quantos meses ele [o programa] vai durar, em função das contas que estão sendo feitas até o domingo pela área técnica do Ministério do Desenvolvimento e pelo nosso, para que a gente leve para o presidente uma conta bem feita”, disse o ministro, em entrevista à GloboNews em São Paulo.
Durante a fala, Haddad chegou a ventilar que o valor poderia ficar em torno de R$ 2 bilhões, mas não confirmou um valor. A Fazenda ainda estuda os detalhes antes de anunciar um cálculo final, o que deve ocorrer na próxima semana.
“Talvez não chegue a um quarto desse valor”, disse Haddad sobre a estimativa de R$ 8 bilhões em renúncias fiscais.
Programa será de transição até queda dos juros, diz Haddad
O ministro afirmou que o programa é destinado a um período de “transição” até que se inicie um ciclo de baixa de juros e condições mais favoráveis de financiamento.
“Acreditamos que começa um ciclo de redução da taxa de juros no Brasil brevemente”, disse. “É um projeto curto no tempo, este ano, para acomodar essa transição de falta de crédito e pátios lotados.”
Haddad disse que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva um prazo de até 15 dias para formular os cálculos e duração do programa. O ministro disse que a Fazenda “não quer usar” todo o tempo disponível e deve fazer um anúncio já na semana que vem.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) anunciaram na quinta-feira (25/5) as medidas para o setor automotivo, que incluirão redução em tributos federais em carros de entrada, como PIS/Cofins e IPI. A expectativa é baratear os veículos em até 10,96%.
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