Morre indígena que teve leito de hospital trocado por rede em Goiás

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Goiânia – A indígena da etnia Avá-canoeiro que foi recebida em um leito adaptado no Hospital do Centro Norte Goiano (HCN) morreu nessa quinta-feira (4/5). Nakawatcha tinha 78 anos e estava hospitalizada para tratar sintomas de um câncer não especificado. Ela era uma das últimas cinco sobreviventes da etnia.

A morte da indígena foi confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde de Goiás (SES-GO). Nakawatcha estava internada desde o último sábado (29/4).


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De acordo com a Saúde, as adaptações no leito do hospital ao longo da estadia de Nakawatcha foram realizadas para respeitar as necessidades biológicas e culturais da indígena. Entre as medidas utilizadas pela equipe da unidade de saúde foi a colocação de uma rede no leito.

“Ela estava inicialmente apática na cama do hospital, mas uma rede foi instalada, após avaliação da equipe multidisciplinar, o que trouxe mais conforto e tranquilidade”, disse a pasta, em nota.

Avá-canoeiro

Nakawatcha é uma das últimas sobreviventes do massacre realizado contra a etnia Avá-Canoeiro na década de 70. O grupo está localizado entre os municípios de Minaçu e Colinas do Sul, também na região norte do estado.

A terra Avá-Canoeiro foi uma das seis terras indígenas demarcadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A área tem mais de 31,4 mil hectares e abriga nove avá-canoeiros, conforme o chefe da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Goiás, Marcello Moura.

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