O coronel do Exército Marcelo Nogueira, que coordenou o relatório do Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas no ano passado, silenciou sobre as acusações do hacker Walter Delgatti feitas à CPMI do 8 de Janeiro na quinta-feira (17/8). Delgatti disse ter orientado a elaboração do documento oficial.
Disse Delgatti aos parlamentares: “Tudo isso que eu repassei a eles [militares] consta no relatório que foi entregue ao TSE. Eu posso dizer hoje que, de forma integral, aquele relatório tem exatamente o que eu disse, não tem nada menos e nada mais”.

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Hacker Walter Delgatti
Hugo Barreto/Metrópoles

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Hacker Walter Delgatti
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Hacker Walter Delgatti
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Walter Delgatti depõe na CPMI do 8/1
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Hacker Policia Federal
Andre Borges/Esp. Metrópoles

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O hacker alega ter recebido pagamento próximo de R$ 40 mil da deputada federal Carla Zambelli
Reprodução/Redes sociais

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A polícia também investiga se o hacker se reuniu com pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado
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Questionado pela coluna se o hacker Delgatti orientou o grupo, Nogueira não comentou. “Sou da ativa e não tenho autorização para falar”, disse. O militar pediu que as perguntas fossem enviadas ao Ministério da Defesa, que tampouco respondeu.
A três meses da eleição, Nogueira propôs ao Senado uma “votação paralela”. O ministro da Defesa estava a seu lado na comissão e endossou a ideia. Em novembro, já com Lula eleito, o grupo coordenado pelo coronel Nogueira enviou o relatório ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O documento não apontou falha alguma no sistema eleitoral, na linha de todos os órgãos fiscalizadores, como a Polícia Federal. Contudo, o Ministério da Defesa divulgou uma nota com teor golpista. A pasta declarou que o documento “não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”.