A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse nesta terça-feira (22/8) que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não pode transformar votações na Casa em uma “queda de braço com o governo”.
Gleisi afirmou que Lira “precisa entender” que a taxação dos fundos de brasileiros nos paraísos fiscais e as mudanças que o Senado fez no novo marco fiscal “interessam acima de tudo ao país”.
“Não faz sentido transformar essas duas votações em queda de braço com o governo, porque todos vão sair perdendo, exceto os super ricos que não pagam imposto e os que não suportam ver o país crescer e gerar empregos, com investimentos públicos e privados”, continuou a petista em mensagem pelas redes sociais. “É hora de pensar no Brasil em primeiro lugar”, concluiu.
Gleisi Lira
Reprodução/Twitter
Após entrega de petição de líderes e presidentes de partidos progressistas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),deputados Gleisi Hoffmann (PT-PR) 3
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Após entrega de petição de líderes e presidentes de partidos progressistas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),deputados Gleisi Hoffmann (PT-PR) 2
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Após entrega de petição de líderes e presidentes de partidos progressistas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),deputados Gleisi Hoffmann (PT-PR) 1
Gleisi Hoffmann, presidente do PT
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT durante CPI do MST ouve Francisco Graziano Neto, ex-Presidente do INCRA e ex-Secretário de Agricultura do Estado de São Paulo 5
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Brasília(DF), 01/03/2023 Entrevista com a presidenta do partido dos trabalhadores(PT) Gleisi Hoffmann para coluna Guilherme Amado. Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles
Gleisi Hoffmann
Hugo Barreto/Metrópoles
0
Mais sobre o assunto
-
Negócios“Se não podemos aumentar impostos, temos de cortar despesas”, diz Lira
-
Igor GadelhaAliados de Lira dizem que reforma ministerial destrava votação de MPs
-
São PauloArthur Lira e Ciro Nogueira divergem sobre adesão do PP ao governo Lula
-
PolíticaHaddad diz não ter arestas a aparar com Lira: “Tudo resolvido”
O novo marco fiscal, regime que vai substituir o atual teto de gastos, ainda precisa passar por uma última votação na Câmara. Deputados resistem a apoiar as mudanças feitas no texto pelos senadores.
O atraso nessa votação se deve também à indefinição sobre a minirreforma ministerial que o presidente Lula (PT) prometeu fazer para atrair partidos do Centrão, entre eles o PP de Arthur Lira.
Apesar da ausência de Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estão na África do Sul para a Cúpula dos Brics, há expectativa de que a votação ocorra nesta semana.
Taxação dos fundos exclusivos
A tributação dos fundos de brasileiros no exterior foi incluída na Medida Provisória (MP) que aumenta o salário mínimo. O relator, deputado Merlong Solano (PT-PI), incluiu a taxação para compensar o impacto da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR).
Defendida pela equipe econômica do governo, a iniciativa encontra resistência em Lira. Nas últimas semanas, Haddad e o presidente da Câmara divergiram sobre o tema, o que gerou comentários do ministro que desagradaram Lira.
Haddad sobre poder da Câmara: “Não pode humilhar Senado e Executivo”
Lira rebate fala de Haddad e diz que Câmara é “parceira do Brasil”
Antes da declaração de Gleisi, na segunda-feira (21/8) o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinha, havia publicado nas redes sociais um vídeo cobrando a aprovação da taxação dos fundos. Mal recebido por deputados, o vídeo, que chegou a ser distribuído a jornalistas pela assessoria do Ministério da Fazenda, foi apagado.
