Alesp sabatina Bertaiolli e vota indicação de deputado ao TCE nesta 3ª

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São Paulo – A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vai sabatinar, na manhã desta terça-feira (12/9), o deputado federal Marco Bertaiolli (PSD-SP), indicado para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). Em seguida, a indicação será votada pelo plenário da Casa.

Caso tenha o nome aprovado por maioria simples — 48 votos dos 94 deputados estaduais — Bertaiolli ocupará a cadeira do conselheiro Edgard Camargo Rodrigues, que se aposentará no dia 24 deste mês.

Essa é a primeira de um total de três vagas na Corte que serão indicadas pela Alesp até o fim de 2025. Ainda há uma indicação que caberá ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Composto por sete conselheiros, o TCE é responsável por fiscalizar as despesas e também por julgar as contas do governo estadual, de entidades da administração direta e indireta, de autarquias e de 644 prefeituras paulistas — a exceção é a capital, fiscalizada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).

Na semana passada, Bertaiolli conquistou 62 assinaturas de apoio para formalizar sua candidatura. Seus concorrentes, o deputado estadual Ricardo Madalena (PL) e o advogado Maxwell Borges de Moura Vieira, não conseguiram o apoio mínimo de 48 assinaturas para disputar o cargo.

Bertaiolli foi indicado em um acordo feito entre o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, conterrâneo dele em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e o secretário estadual de Governo, Gilberto Kassab, que também comanda o partido ao qual o deputado é filiado.

Tarcísio de Freitas também atuou como seu cabo eleitoral. Na noite anterior ao prazo para a entrega das assinaturas de apoio à Mesa Diretora, o governador reuniu os deputados da base governista no Palácio dos Bandeirantes para pedir apoio explícito a Bertaiolli.

Muitos parlamentares, incluindo aqueles que integram a base governista na Alesp, eram contrários à indicação de Bertaiolli. Na visão dos deputados estaduais, era importante que a vaga fosse preenchida por um nome vindo da própria Assembleia.

Como mostrou o Metrópoles em agosto, o indicado à cadeira de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado responde a quatro ações por improbidade administrativa relativas ao período em que foi prefeito de Mogi das Cruzes, entre 2009 e 2016. Ele nega as irregularidades.