Nunes diz que foi convidado por Bolsonaro para evento em sinagoga

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São Paulo – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse nesta sexta-feira (15/9) que foi convidado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para participar de um evento em uma sinagoga no próximo domingo (17/9), em comemoração ao ano novo judaico. A declaração de Nunes foi dada após visita a Bolsonaro no Hospital Vila Nova Star, na zona sul da capital. O ex-presidente passou por duas cirurgias e deve ter alta médica no início da tarde.

Se confirmado, seria o primeiro evento público com a presença de Bolsonaro e Nunes após declarações recentes do ex-presidente em que defendeu a possibilidade de o PL apoiar um candidato próprio nas eleições municipais de 2024. Nos bastidores, aliados de Bolsonaro estão irritados com a postura do prefeito e têm cobrado um alinhamento mais claro com o ex-presidente.

“A gente comentou que, como está no ano judaico, ele deve ir numa sinagoga no domingo e me chamou para ir junto com o Tarcísio”, disse Nunes em conversa com jornalistas na saída do hospital. O prefeito afirmou que ainda não foi definido um horário para o evento e nem em qual sinagoga ocorreria.

Segundo Nunes, ele e o presidente não conversaram sobre a sucessão da Prefeitura de São Paulo durante a visita.

“A vinda ao hospital foi para desejar ao presidente uma boa recuperação, para ele e para a família dele. O presidente está bem, animado. […] A gente não falou nisso [política]. Não me senti confortável para entrar no assunto, apesar de ele estar bem. Acho que não era o momento de falar de eleição. Foi um gesto importante”, afirmou.

“Não há rusgas”

O prefeito Ricardo Nunes disse que, apesar das declarações recentes de Jair Bolsonaro, não há rusgas na relação entre eles.

“Não teve rusga. A gente, às vezes, tem alguma frase que sai fora do contexto. Mas está caminhando tudo bem. […] O presidente até deu uma declaração que gosta de mim. Eu gosto do presidente”

Nunes disse que o PL tem a prerrogativa de lançar uma candidatura própria no ano que vem, mas que seria “natural” que o partido o apoiasse.

“O PL faz parte do governo, faz parte do nosso projeto, faz parte do nossas ações de políticas públicas. O natural é que o PL continue”, disse ele.

Nunes afirmou não se sentir pressionado a se posicionar diante de temas que são caros ao bolsonarismo, como têm cobrado aliados do ex-presidente nos bastidores.

“Não há nenhuma pressão em relação a isso. O prefeito sou eu. Se a população me reconduzir no ano que vem, continuarei sendo eu o prefeito.”