Representantes das montadoras que tentam impedir a apresentação de emendas que prorrogam os incentivos em Pernambuco à Stellantis, dona da da Fiat, Citroën e Peugeot, estão levando aos senadores estudos para mostrar que o Nordeste é mais prejudicado que beneficiado com os benefícios à empresa.
Os números apresentados, com base em documentos do Tribunal de Contas da União, mostram que, entre 2021 e 2025, a região perdeu R$ 2,69 bilhões em recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e outro R$ 1,86 bilhão em recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Leia também
-
Guilherme AmadoDisputa entre montadoras é 1º desafio da reforma tributária no Senado
-
Igor GadelhaProjeto de compensação do ICMS bate cabeça com reforma tributária
-
NegóciosPresidente da Fiesp pede “redução das exceções” na reforma tributária
-
Grande AngularEmenda à reforma tributária propõe tirar imposto sobre gás de cozinha
As perdas ocorreram porque os impostos alvo dos subsídios concedidos à montadora compõem a cesta de tributos que formam os repasses a estados e municípios destinados, sobretudo, a ações de educação, saúde e assistência social. Nem mesmo Pernambuco, estado onde a montadora está instalado, na cidade de Goiana, está livre dos prejuízos.
Segundo as concorrentes da Stellantis, o estado perdeu no período R$ 372 milhões em repasses do FPE e R$ 262 milhões em recursos do FPM.
