Filhotes de papagaios e periquitos eram vendidos, por meio de grupos de WhatsApp, na Cidade Estrutural. De forma criminosa, os pássaros silvestres eram anunciados por valores entre R$ 45 e R$ 300. Alguns eram mantidos em caixas e passavam fome. Após denúncia de protetores dos direitos dos animais, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o Ibama colocaram um ponto final no negócio criminoso.
Veja o vídeo:
A ação resultou no resgate de três filhotes de papagaio, um adulto, junto a quatro bebês de periquito. As aves foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) imediatamente após serem localizadas. O caso está sob os cuidados da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural).
A partir da denúncia, um agente de fiscalização do Ibama visitou uma loja no bairro Santa Luzia, área extremamente carente da Estrutural. Durante a ação, encontrou os quatro filhotes de periquitos dentro de uma caixa.
O agente foi até a casa do vendedor e encontrou os papagaios. Os filhotes também estavam dentro de uma caixa. Questionado, o comerciante afirmou que teria somente um de estimação. Durante o flagrante, teria confessado que comprou os pássaros na Feira do Periquito, em Ceilândia, no domingo (17/9) já com a intenção de revenda.
Os pássaros não estariam sendo alimentados. E para evitar óbitos, as aves foram levadas diretamente para o Cetas. O celular do vendedor, com indícios de conversas com negociações de animais, foi levado à delegacia.
Investigado por receptação, o vendedor foi preso e aguarda audiência de custódia. Na avaliação de Ana Paula Vasconcelos, advogada do Fórum de Defesa Animal, a legislação incentiva os crimes. “Precisamos urgentemente de uma mudança legislativa, para que esses crimes sejam punidos a altura da crueldade cometida”, afirmou.
