A Organização das Nações Unidas (ONU) está “horrorizada” com a operação militar de Israel no Hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza. A afirmação veio do subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA, do inglês), Martin Griffiths, nesta quarta-feira (15/11).
“Estou horrorizado com as informações sobre operações militares no hospital Al-Shifa de Gaza. A proteção dos recém-nascidos, pacientes, profissionais da saúde e de todos os civis deve ter precedência sobre todas as outras questões”, escreveu Griffiths.
Confira o post:
I’m appalled by reports of military raids in Al Shifa hospital in #Gaza.
The protection of newborns, patients, medical staff and all civilians must override all other concerns.
Hospitals are not battlegrounds.
— Martin Griffiths (@UNReliefChief) November 15, 2023
A publicação se deu por meio da rede social X, antes chamada de Twitter. Griffiths ainda afirmou que “hospitais não são campos de batalha”.
Algumas horas depois da publicação, Griffiths continuou: “Não pode ser permitido que a carnificina em Gaza continue. Nós continuamos vendo cenas de horror todos os dias. Ambos precisam concordar com um cessar-fogo humanitário e parar com as lutas”, assinalou.

Forças israelenses já ocupam a Cidade de Gaza
Forças israelenses já ocupam a Cidade de Gaza
Christopher Furlong/Getty Images

Operação de Israel em território da Faixa de Gaza
Operação de Israel em território da Faixa de Gaza

Cena no Hospital Al-Shifa, o maior de Gaza
Cena no Hospital Al-Shifa, o maior de Gaza
Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

O Hospital Al-Shifa é o maior da Faixa de Gaza
O Hospital Al-Shifa é o maior da Faixa de Gaza
Doaa Albaz/Anadolu via Getty Images

Corpos de palestinos são visto em frente ao Hospital Al-Shifa na cidade de Gaza
Corpos de palestinos são vistos em frente ao Hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza
Al-Shifa Hospital/Anadolu via Getty Images

Recém-nascidos são removidos do Hospital Al-Shifa, ocupado por forças israelenses
Recém-nascidos são removidos do Hospital Al-Shifa, ocupado por forças israelenses
Palestinian Prime Ministry/Anadolu via Getty Images
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Além da ONU
Mais cedo, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, confirmou que a instituição perdeu, de novo, contato com a equipe que se encontra no hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza, que tem sido alvo de uma operação das forças de Israel desde a terça-feira (14/11).
A ofensiva de Israel no local ainda teria sido condenada também pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Por meio de comunicado, a entidade afirmou que todos estão “extremamente preocupados com o impacto para os pacientes e feridos, profissionais da saúde e civis”.
Algumas horas depois de o Exército de Israel confirmar operação no maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, as Forças de Defesa do país (IDF) afirmaram ter abatido cinco membros do grupo Hamas em confrontos no local.
Entenda a operação
No domingo (12/11), a Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia emitido comunicado afirmando que tinha perdido comunicação com o Al-Shifa.
As Forças de Defesa de Israel confirmaram uma operação “precisa e direcionada” no interior do Al-Shifa, na noite da terça-feira (14/11). Entre as tropas estariam médicos e falantes de árabe. As tropas acrescentaram que, na segunda-feira (13/11), determinaram que todas as atividades militares do Hamas fossem cessadas na unidade, o que não teria sido cumprido.
O Hamas e funcionários das autoridades de saúde na Faixa de Gaza negaram que o grupo extremista estaria lá. Mas as FDI garantem que há indícios, como os encontrados no Hospital Rantisi, no início desta semana. Por outro lado, Israel anunciou ter entregado equipamentos e suprimentos médicos essenciais, como incubadoras para bebês e comida.