Prisão de terroristas do Hezbollah pela PF dá fôlego para PL de Moro

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A prisão de terroristas ligados ao Hezbollah, nesta quarta-feira (8/11), pela Polícia Federal (PF), deu força a um projeto de lei apresentado por Sergio Moro. O projeto prevê a criminalização do planejamento de atentados, hoje considerados como atos preparatórios e, por isso, sem punição prevista na legislação brasileira.

O projeto de lei foi apresentado pelo senador em março deste ano, depois da descoberta de um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para atacar Moro e sua família. Nesse caso, um procurador de Justiça apontou nos autos que não haveria punição para o planejamento do crime. A Justiça Federal negou o pedido e deu andamento ao processo.


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A Operação Trapiche, deflagrada pela PF nesta quarta-feira, cumpriu dois mandados de prisão temporária em São Paulo e 11 de busca e apreensão em Minas Gerais e no Distrito Federal. Um dos suspeitos foi preso no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, quando desembarcava de viagem ao Líbano.

O objetivo da investigação é interromper a preparação de atos terroristas em prédios da comunidade judaica no Brasil. Além disso, a PF recolhe provas do recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas. Os crimes estão previstos na Lei do Terrorismo e as penas podem chegar a 15 anos de prisão.

O Hezbollah é um grupo de origem libanesa, criado na década de 80, como reação à ocupação israelense no sul do país. Recebe apoio da Síria e já assumiu a autoria de inúmeros ataques contra Israel ao longo dos anos.