O atraso de Lula em nomear o próximo procurador-geral da República traz, ainda que não intencionalmente, um benefício ao petista.
O mandato de dois anos do PGR começa a contar a partir do momento da posse. Logo, com o atraso, Lula terá um nome seu à frente da Procuradoria-Geral da República por mais tempo quando deixar o poder.
Se o PGR indicado por Lula tivesse assumido logo depois da saída de Aras, e em 2025 fosse reconduzido, ele (ou ela) ficaria no cargo até setembro de 2027. Com o atraso, esse prazo aumentou. Se o PGR a ser indicado por Lula este mês for empossado em dezembro, por exemplo, ele ficará, depois de reconduzido, até dezembro de 2027 no cargo.
Significa que, um ano depois do fim de seu mandato, Lula ainda terá lá um nome indicado por ele.